Pular para o conteúdo principal
A hora é a prisão do homem

Quando eu lhe vi disse que não podia,
Pois estava com pressa, a hora me seguia.
No outro dia você voltou novamente, mais uma vez te neguei, a hora corria e saí apressadamente.
Quando cheguei em casa encontrei a porta aberta, pensei comigo! Quem invadiram? Será o mesmo homem que o vi a outro dia?
Entrei meio assustado acendendo a luz da entrada, vi uma luz que descia da escada e logo vi quem me esperava.
Era um homem meio estranho, olhos claros, um pouco alto, veio a me falar: há tantos dias que quero conversar, e você não me deu atenção, foi preciso abrir está porta, mais quero a abertura do seu coração.
Você chega e mal me ver, fico preso sem entrar em você, ou na mesa, ou na estante, você passa e não percebe que minha voz está ali pra te receber.
Quando sai é apressado, até o sapato calça errado, eu fico a observar e me pergunto: em qual parte devo estar? Até as horas são contadas, tanto na saída e na chegada.
Não sei bem onde me coloca, acho que não é dentro mais sim fora, fora de você.
Seu coração não sente mais eu sinto por você, tenha cuidado com a arma, ela tem que ser usada, não ser posta só na sala, passar e não perceber.
Foi preciso invadir sua casa, acender uma luz pra você ver, e nesse fim eu te digo: preste atenção meu filho que o erro está em você, e não nas horas que passar, e mesmo que não perceba, eu amarei sem receio.
- Agora eu entendi quem era que me esperava, era um homem que descalço estava, que pegou a minha mão, tocou meu coração e dele se fez morada.
Agora a hora não lembro, só lembro que a arma é a minha hora, e dessa hora se faz minha caminhada.
Ele sempre está na porta a me esperar, e todos os dias abro pra ele entrar.
Este homem é Jesus que por mim morreu na cruz, fez o impossível por nossas vidas e sempre vai nos conduzir ao seu grande amor de luz.
O impossível ele fez, morreu por mim e por todos, sou fraco, um pecador, mais com o seu amor me sinto como uma águia que com um vôo vou subindo até no pico mais alto pra poder descansar. E com os olhos sempre alerta, do mais alto a enchergar, nenhum rasto a me perceguir, nenhum rasto a me derrubar.

Cida Nascimento.

Comentários